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12 de agosto de 2024
Movimento de agricultores gaúchos promove novo tratoraço em Tapera nesta terça-feira
Helaine Gnoatto Zart / AF
Preocupados com a chegada prazo do limite para pagamento dos financiamentos tomados para o plantio da safra de inverno, que vence no próximo dia 15 de agosto, os agricultores gaúchos mantêm a mobilização e realizam novo ato nesta semana.
Marcado para o dia 13 de agosto, no trevo de acesso á cidade de Tapera, na RS 223, a liderança do movimento SOS Agro RS, chama os agricultores do Alto Jacuí para unir esforços e sensibilizar o governo federal para atender as reivindicações de parcelamento da dívida.
Sem a prorrogação, os produtores não poderão tomar novos financiamento e planeja a próxima safra. A situação afeta desde agricultores familiares até grandes produtores.
—Estamos numa encruzilhada difícil para o agro. Esta semana será derradeira para muitos agricultores. Vamos unir forças e mostrar o quanto nosso estado é forte, mas que precisa de um olhar diferenciado para dar a volta e retomar o crescimento—, manifestou a presidente do Sindicato Rural de Não-me-Toque, Teodora Lütkemeyer, convocando os agricultores, comerciantes e industrialistas a se unir ao movimento e participar da manifestação regional que ocorre em Tapera.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Não-Me-Toque, Maiquel Junges, disse que a entidade apoia as mobilizações que têm reivindicações da pauta da Fetag-RS, por isso está junto com o Movimento SOS Agro RS:
—Seguimos mobilizados para ajudar as necessidades dos agricultores familiares—, afirmou.
O presidente da Fetag-RS, Carlos Joel, durante o Tratoraço, em Porto Alegre, dia 8 de agosto, afirmou que agricultores familiares, médio e grandes produtores estão juntos na defesa desta pauta porque são todos importantes no contexto econômico e na cadeia alimentar.
—Em determinados momentos deve haver políticas diferenciadas para os produtores, mas esta pauta é comum e estamos todos na mesma situação, somos agricultores e fomos afetados igualmente—, declarou Carlos Joel.
O Movimento SOS Agro RS lançou uma carta aberta à população, explicando as razões do setor e pedindo apoio, também à pulação urbana, que em breve sofrerá os impactos da falta de condições de plantio da nova safra pelos produtores.
Neste dia, ocorrem em Brasília uma audiência pública que vai tratar das reivindicações dos gaúchos.
Confira:
CARTA À POPULAÇÃO E ENTIDADES
É com grande frustração que viemos informar que a medida provisória apresentada recentemente está muito aquém das promessas feitas anteriormente pelo Ministério da Agricultura.
Esse cenário desolador é resultado dos fatores climáticos adversos dos últimos anos, que têm assolado o estado. Três anos consecutivos de seca, seguidos por excesso de chuvas e enchentes que devastaram nossas colheitas e criaram um ambiente insustentável para o agronegócio Gaúcho. Não temos como seguir sem uma medida que dê condições para os produtores continuarem suas atividades.
Estamos falando de um impacto sem precedentes para a economia do país e para a vida dos produtores, A população urbana também sentirá esses impactos muito em breve!
A crise no setor agropecuário afeta diretamente o abastecimento de alimentos e o preço dos produtos que chegam às nossas mesas. O agro alimenta cada um de nós, e a saúde do setor é essencial para todos.
Estamos nos organizando junto a todos os municípios da região do Alto Jacuí, de forma pacífica e ordeira para realizar as manifestações necessárias acompanhando a audiência pública que estará acontecendo em Brasilia/DF. A participação de todos é crucial. Juntos, podemos mostrar a importância do agro e pressionar por soluções que beneficiem toda a sociedade
Contamos com o apoio de cada cidadão.
Venha se juntar ao movimento SOS Agro RS Alto Jacuí.
Dia 13/08 terça-feira
Horas: 09h30
Local: Trevo de acesso a Tapera/RS