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Darcy Borges da Silva foi tropeiro
8 de janeiro de 2023
Tradicionalismo está de luto em Não-Me-Toque: morre Darcy da Silva aos 98 anos
Muito mais que representar o tradicionalismo, Seu Darcy da Silva era o exemplo vivo da tradição. Aos 97 anos, ainda vestia bombacha, camisa e lenço no pescoço, traje que sempre foi sua veste de lida e de lazer. Até dois anos atrás, ainda montava no seu pingo para participar de trajetos cursos de cavalgadas ou atividades do CTG Galpão Amigo, onde foi sócio e recebeu muitas homenagens.
Darcy Borges da Silva faleceu na manhã de hoje (8 de janeiro de 2024), aos 98 anos de idade, entristecendo os amigos tradicionalistas e seus familiares que não terão mais sua companhia, mas manterão para sempre na lembrança seus ensinamentos de homem simples, honesto, bondoso e que apreciava o convívio no meio tradicionalista. Até o último momento contou com o apoio da nova Vanise Fritzen da Silva, que se dedicou a proporcionar vida digna, respeito às suas vontades e que sempre recebesse o justo reconhecimento aos participar das atividades do CTG Galpão Amigo, como ocorreu no último mês de dezembro, quando Seu Darcy foi homenageado com um troféu da Cavalgada Municipal, por ter sido referência viva dos costumes e atividades que forjaram o gaúcho, desde as tropeadas, às vestes, o chimarrão e o linguajar.
No final do ano de 2020, foi homenageado pela Administração Municipal, por ocasião da inauguração da Escola Municipal de Educação Infantil Ciranda da Alegria, construída em área doada pelo Seu Darcy no Loteamento Porto Belo.
Os Cavaleiros da Tradição estarão prestando homenagem durante o cortejo, seguindo a cavalo até o Cemitério Católico de Não-Me-Toquem, onde Seu Darcy será sepultado, hoje, às 18h.
O ex-patrão e atual conselheiro do MTG, Jorge Celito Zuffo, enviou mensagem destacando a grande contribuição do “Tropeiro Velho”:
—O tradicionalismo da região está de luto. Fica nosso agradecimento pelos seus ensinamentos—, manifestou-se Zuffo.
Confira o áudio:
Darcy Borges da Silva nasceu em 9 de abril de 1924, foi casado com Oraides Anacleto da Silva (em memória) e teve dois filhos, Antônio e Ernani (Naninho), ambos falecidos. Deixou enlutados duas noras, netos e bisnetos. Seu velório ocorre na Capela A da Funerária Graff.