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Foto: Divulgação COB
29 de julho de 2024
O poder do “espírito” olímpico
Os Jogos Olímpicos, originados na Grécia Antiga, transcendem sua fama como uma mera competição atlética. Eles foram concebidos com múltiplos propósitos que incluíam aspectos religiosos, políticos e sociais. Uma das razões mais notáveis para sua realização era a veneração a Zeus, o deus supremo da mitologia grega. Este evento não apenas celebrava a excelência física, mas também promovia a "Paz Olímpica", uma trégua que suspendia conflitos entre as cidades-estado, simbolizando a união e a harmonia.
Contudo, ao observarmos a história das Olimpíadas de uma perspectiva mais abrangente, percebemos que esses eventos serviam como uma forma de contenção social, baseada no temor aos deuses. A mitologia, nesse contexto, funcionava como uma ferramenta para reforçar a ordem e o progresso, protegendo o poder disciplinador necessário para a coesão da sociedade. Esta função de limitação coletiva da mitologia pode ser vista como uma precursora das atuais normas legais e éticas que regem as sociedades modernas.
Além disso, essas competições e os mitos que as cercavam não eram meras invenções humanas, mas sim manifestações de princípios naturais e celestiais. O poder da competição, intrínseco ao ser humano, é uma força motriz que impulsiona o desenvolvimento das virtudes e habilidades individuais. A tendência inata das pessoas de querer superar o outro, em um modelo de competição saudável, influencia positivamente o progresso da sociedade como um todo. Esta característica de superação e evolução é um reflexo do próprio movimento do universo, evitando a estagnação e promovendo a continuidade da vida e do crescimento.
Portanto, os Jogos Olímpicos representam muito mais do que uma simples competição esportiva. Eles simbolizam a evolução social, o desenvolvimento de virtudes e habilidades e, acima de tudo, a harmonização de forças naturais que promovem a paz e a coesão universal. Estes eventos encapsulam o "Espírito Olímpico", que é uma expressão do desejo humano por excelência, união e progresso contínuo.
*Eduarda Falcão – Escritora brasileira
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OLIMPÍADAS DE PARIS
Abertura
As Olimpíadas 2024 vão de 26 de julho a 11 de agosto. No início da noite francesa de sexta-feira (26/7), as delegações desfilaram de barcos pelo rio Sena, na primeira Cerimônia de Abertura que aconteceu fora de um estádio na história dos Jogos Olímpicos.
Nas situações mais gerais da coisa, o esquema de segurança funcionou bem, não tendo nenhum incidente relevante. O que mais atrapalhou mesmo foi a chuva, que insistiu em ficar até o fim do evento.
- Antes de começar, o Snoop Dogg foi um dos que carregou a tocha olímpica — no melhor estilo rolê aleatório.
- O primeiro ato da Cerimônia foi a explosão de canhões de fumaça formando a bandeira da França sobre o rio.
- Com muito mistério, Lady Gaga foi a primeira estrela a “aparecer” — a apresentação era gravada e ela não estava lá de fato.
- O Time Brasil foi um dos primeiros a passar, tendo um barco inteiro só nosso — de longe, o mais animado.
- Drag queens (e uma criança) representaram um desfile de moda e, depois, causaram a cena mais polêmica da noite: fizeram uma paródia da Santa Ceia — não pegou bem.
- Cantora e pianista com seu instrumento em chamas cantaram o clássico de John Lennon, Imagine, em um barco.
- A Torre Eiffel teve o seu clássico e tradicional show de luzes, acompanhado da cantoria espetacular de Celine Dion.
- O encapuzado misterioso passou por todo o Rio em um cavalo metálico, até chegar à ponte em frente à Torre, onde puxou a fila das bandeiras dos países.
- Zidane passou a tocha olímpica para as mãos do espanhol Rafael Nadal, que depois a repassou para outros grandes ídolos do esporte…
- Até chegar na pira olímpica: um imenso balão que vai ficar no ar em chamas até o final dos Jogos.
- Menos de 24 horas depois da abertura, moradores e turistas em Paris registraram um apagão que atingiu a cidade por cerca de 10 minutos. Entre as fotos e vídeos, a Basílica do Sagrado Coração de Jesus chamou atenção por ter sido um dos únicos pontos que ficou aceso durante o blecaute.
Foto: Divulgação COB
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