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Lavouras de soja na região de Santa Rosa apresentam sofrimento pela falta de chuva nos últimos 20 dias Foto: Valmir Thume, da Emater/RS-Ascar Santa Rosa – em 05/02/2024
9 de fevereiro de 2024
Lavouras de soja no RS apresentam sinais de estresse hídrico
Foto: Valmir Thume, da Emater/RS-Ascar Santa Rosa – em 05/02/2024
Com 23% das lavouras de soja no Rio Grande do Sul na fase de enchimento de grãos, as chuvas, localizadas e desuniformes, associadas a elevadas temperaturas, trazem consequências negativas para o balanço hídrico da cultura e criam disparidades nas condições das lavouras.
De acordo com o Informativo Conjuntural, divulgado na quinta-feira (08/02) pela Emater/RS-Ascar, vinculada à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), em regiões onde não choveu o suficiente, como no Noroeste do Estado, há sinais de estresse hídrico, que pode afetar o potencial produtivo. As plantas exibem sintomas de murchamento, expondo a face inferior das folhas em direção aos raios solares, que causa queimaduras nessas partes. Observa-se também o início do processo de desprendimento das folhas mais baixas nas lavouras mais afetadas pela falta de chuva, as quais apresentam rápido amarelecimento e senescência.
Entretanto, nas áreas que receberam volumes pluviométricos mais significativos ou intermediários, a situação das lavouras de soja é satisfatória, com as plantas emitindo brotações, com estatura em conformidade com a fase fenológica em que se encontram, o que sugere resultados produtivos alinhados às projeções estabelecidas inicialmente.
Quanto ao manejo fitossanitário, a atenção principal tem sido direcionada à ferrugem-asiática. As altas precipitações no início do ciclo da cultura beneficiaram o desenvolvimento da doença. Apesar da baixa umidade nas últimas semanas, o que retarda o avanço da doença, permanecem o monitoramento e a aplicação do protocolo de controle preventivo.
Milho
A produtividade do milho colhido é variável, e há relatos de lavouras de alta tecnologia com resultados superiores a 10 mil kg/ha. Em contrapartida, parte das lavouras em situações adversas, como a presença de cigarrinha, de doenças e com tecnologia mais limitada, apresentam produtividade de 3 a 5 mil kg/ha.
Em termos gerais, é consenso que a safra será satisfatória, mas inferior à estimativa inicial projetada de 7.414 kg/ha.
Além da redução na produtividade, a queda na cotação do produto é identificada como um dos principais desafios, chegando, em alguns casos, a não cobrir os custos de produção, mesmo diante de produtividades elevadas.