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Dias sequenciais de umidade deixam produtores em alerta para entrar com tratamento antifúngico Foto: Dione Wagner NMT

24 de setembro de 2023

Perspectivas de rentabilidade para o trigo não são boas

Dias sequenciais de umidade deixam produtores em alerta para entrar com tratamento antifúngico
Foto: Dione Wagner NMT
Por Helaine Gnoatto Zart / AFolha

O ano de 2022 foi um ano excepcional para o trigo no Rio Grande do Sul, a melhor de todos os tempos. O clima seco e as práticas de plantio empregando as melhores tecnologias proporcionaram um rendimento médio de 70 sacas por hectare em Não-Me-Toque, com produtores alcançando rendimentos acima de 90 sacas.

Para este ano, os produtores repetiram o preparo, aumentando em 500 hectares a área de em relação ao ano passado, que foi de 9 mil hectares. No entanto, a perspectiva de rendimento não é boa. Para isso, estão influenciando diversos fatores, como clima, o custo de produção e o valor do produto.

De acordo com o chefe do escritório da Emater em Não-Me-Toque, engenheiro agrônomo Vinícius Toso, o trigo é a principal cultura de inverno no município e como favorável, a safra conta com o escalonamento, que chega a seis diferentes épocas de plantio, com diferentes variedades. Neste momento são 30% em floração, 60% em enchimento de grãos e 10% entrando em maturação.

—Uma das grandes dificuldades do trigo para alcançar a produtividade almejada está no custo de produção, que chega a 70 sacos por hectares. As lavouras foram implantadas com o valor dos insumos em alta, situação que teve uma inversão neste período, além dos preços do produto, que caíram muito no mercado—, avalia Toso. (Trigo: R$ 56,00 em 22/9)

Para alcançar rendimento que pague os custos, o produtor precisaria colher 70 sacos por hectares.  A avaliação técnica aponta que, neste momento, as lavouras apresentam condições para alcançar uma produtividade média de 60 sacas por hectares.

As chuvas de setembro já obrigaram a aplicação de fungicidas e inseticidas, o que contribui para o aumento de custo e risco na produtividade. A safra começa a ser colhida no final de outubro.

Culturas de inverno

AVEIA BRANCA – Com plantio em 1 mil hectares, a cultura utilizada para trato dos animais, encaminha-se para a reta final de desenvolvimento. Até o momento não sofreu nenhuma intempérie e deve atingir a expectativa de 2.400 kg/ha.

CEVADA – Veio com um crescimento de área de 656 hectares para 1.137. Encontra-se em enchimento de grãos, encaminhando-se para a maturação. Muito sensível à umidade, ainda não está definida sua qualidade. Para ter valor de mercado precisa ter capacidade de germinação superior a 95%, sendo avaliada, ainda, no seu nível de toxina que encontra ambiente favorável na umidade. Como é semeada no cedo, está em fase mais adiantada que o trigo.

Clima deve beneficiar culturas de verão

O milho está com toda sua área planejada já implantada, concluída até dia 20 de setembro. É a mesma dos últimos anos: 3.850 hectares. São 350 hectares para silagem (safra e safrinha) e 3.500 hectares para grãos.

—Esperamos que as chuvas venham a beneficiar a cultura do milho, porém, sabemos que o excesso, nesta mesma época, pode prejudicar as culturas de inverno.

A soja começa a ser semeada quando o solo apresenta maior temperatura, e a estimativa é de que o início do plantio ocorra em 20 de outubro.

—A princípio, estamos esperando safras de verão dentro da normalidade, por conta da expectativa de que não vão faltar chuvas para milho e soja. Por conta do El Niño, deveremos ter chuvas em maior quantidade e temperaturas mais elevadas neste início de plantio, o que favorece especialmente ao milho—, avaliou o chefe da Emater em NMT.

TAGS: umidade, chuvas, trigo

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