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31 de janeiro de 2023
Projeto “Monitoramento do Agressor” inicia treinamento de equipe para a implantação no RS
Inicia nesta terça-feira (31) o treinamento da equipe da Polícia Civil e Brigada Militar que irão atuar no Projeto “Monitoramento do Agressor”. A iniciativa consiste na disponibilização de duas mil tornozeleiras eletrônicas que serão utilizadas em agressores que cumprem medidas protetivas da Lei Maria da Penha e mostram potencial de risco para a mulher. O curso será ministrado pela empresa contratada Geosatis e será na sede da Secretaria da Segurança Pública (SSP).
De acordo com o Secretário de Segurança, Sandro Caron, a qualificação dos profissionais irá trazer a preparação e qualidade das ações desenvolvidas.
—É um momento fundamental em que os nossos profissionais de segurança pública serão treinados para operar esta importante ferramenta, que será o monitoramento eletrônico dos agressores. Estamos avançando em toda esta preparação para uma rápida implantação deste projeto, que vem sendo uma das principais estratégias para redução de feminicídio no o Estado—, destaca.
Como funciona
A utilização da tornozeleira eletrônica faz parte da política pública de segurança no combate à violência doméstica e familiar no Estado. Mediante autorização da Justiça, a vítima irá receber um celular com o aplicativo interligado ao sistema de monitoramento do agressor. No monitoramento, se ocorre aproximação à vítima, o equipamento emite um alerta.
Caso o agressor não recue e ultrapasse o raio de distanciamento determinado pela medida protetiva, o aplicativo irá mostrar um mapa em tempo real e também alertará novamente a vítima e a central de monitoramento.
Após este segundo alerta, a Patrulha Maria da Penha ou outra guarnição da Brigada Militar mais próxima irá se deslocar para o local. O aplicativo foi programado para não ser desinstalado e também permite o cadastro de familiares e pessoas de confiança que vítima possa estabelecer contato para casos de urgência.
Equipamento
As tornozeleiras, adquiridas por meio de um contrato com a empresa suíça Geosatis, são feitas de polímero com travas de titânio, que sustentam mais de 150 quilos de pressão.
Ao tentar puxar ou cortar, os sensores internos enviam imediatamente sinais de alarme para a central de monitoramento. O carregador portátil garante carregamento da bateria em 90 minutos, que dura 24 horas. O sistema emite um alerta em caso de baixa porcentagem de carga.