8 de março de 2021

NOTA DE REPÚDIO

A Direção do Jornal A Folha de Não-Me-Toque vem a público manifestar seu repúdio à manifestação do dono da Rádio Ceres, por ocasião da entrevista concedida em sua emissora, na tarde de sexta-feira (5/3/2021), quando atacou de forma desrespeitosa e vil o repórter de nossa empresa e, inclusive, nossa empresa.

A expressão de opinião é livre e deve ser respeitada. Quando ultrapassa o respeito e se dirige ao indivíduo, e não aos fatos, não pode ser aceita pela sociedade, porque se faz injusta.

Na entrevista, o empresário fez uso de palavras ofensivas e preconceituosas. Usou do seu poder para julgar a intenção do Jornal A Folha nas reportagens sobre a situação da Covid-19 no município de Não-Me-Toque.

Desprezou o fato de nossa empresa e nosso profissional estar exercendo a sua função de levar informações reais aos leitores. Julgou a intenção, quando a matéria “Surto de Covid-19 constatado em grandes indústrias de Não-Me-Toque” se refere a fatos, confirmados pela autoridade da Saúde e com base em informações levantadas a partir de uma fonte.

Da mesma forma, a matéria “Índice de contágio em Não-Me-Toque é quase o dobro do estado” escrita pela editora Helaine Gnoatto Zart, também apresenta números e alerta para o descontentamento dos comerciantes em relação às restrições impostas pelos Decretos Estadual e Municipal, pedindo igualdade de rigor com a indústria, se o objetivo é fazer sacrifício pela redução da circulação do vírus.

Ambas as matérias preservam a fonte, pelo justo motivo que se pode constatar na reação do empresário dono da emissora Ceres, também diretor de uma das grandes indústrias de Não-Me-Toque, além de detentor do cargo público relevante exercido na cidade. Preservamos as fontes a pedido, pelo temor da repressão, o que se mostrou real.

Lamentamos profundamente que o jornalismo tenha sido atacado desta forma. Nossa empresa tem 30 anos de atuação em Não-Me-Toque. Jamais se prestou a perseguição. Respeita empreendedores, autoridades, entidades e pessoas de todas as classes, cor e gênero. Nossos profissionais têm liberdade para atuar, desde que sigam a ética e a veracidade das informações.

Para nós, não é agradável noticiar mortes, aumento de casos e dificuldades causadas pela pandemia. Não exploramos o sensacionalismo. Damos voz a todos e estamos ao lado das autoridades e reconhecemos que se empenham em fazer o melhor por Não-Me-Toque.

Não temos inimigos, nem lista de pessoas que não devam figurar nas reportagens. Valorizamos a todos como cidadãos, independente do cargo que ocupam, ou de quanto tenham na carteira para contribuir com a publicidade ou com a comunidade.

E assim continuaremos embasando nosso trabalho.

ROQUE RUDIMAR ZART

DIRETOR 

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